domingo, 21 de novembro de 2010

REPORTAGEM - A grande potência imperialista


A Guerra do Paraguai trouxe grandes protagonistas, como o Brasil, o Uruguai, o Paraguai e a Argentina. Mas uma se destacou entre elas, a Inglaterra, a grande potencia imperialista da época, teve papel fundamental na guerra.

O século XIX foi caracterizado pela Segunda Revolução Industrial, a Inglaterra continuou a ser a maior potência industrial, porém passou a ter concorrentes em relação ao desenvolvimento tecnológico, necessitando garantir cada vez mais o controle sobre suas colônias e áreas de influência.
Na América, os países recém independentes tinham um papel fundamental dentro dessa nova ordem capitalista, e nesse sentido, a economia paraguaia destacava-se, fugindo da órbita do imperialismo inglês.
O Paraguai no sec. XIX era uma potência econômica da America do Sul independente das nações européias, desde sua independência em 1811, quando se libertou da Espanha. O governo controlava o comércio exterior. O mate, o fumo e as madeiras raras exportados mantinham a balança comercial com saldo positivo. O Paraguai evitava a entrada de produtos estrangeiros, por meio de impostos elevados. Defendia o mercado interno para a pequena indústria nacional, que se desenvolvia com base no fortalecimento da produção agrícola. E isto colocaria em risco o poder da Inglaterra na América do Sul, na medida em que reduzia o mercado consumidor paraguaio para seus produtos. Havia, ainda, a ameaça de que o país eventualmente se transformasse em exportador de manufaturados ou que seu modelo de desenvolvimento autônomo e independente pudesse servir de exemplo para outros países da região
que eram totalmente dependentes do império inglês. Dessa forma, a Inglaterra tinha sólidos interesses que justificavam estimular e financiar uma guerra contra o Paraguai.  Era interessante para a Inglaterra enfraquecer e eliminar um exemplo de sucesso e independência na América Latina.
O governo britânico pressionou o Brasil e a Argentina a declararem guerra ao Paraguai alegando que teriam vantagens econômicas e empréstimos ingleses caso impedissem a ascensão da economia paraguaia.

A Inglaterra é vista tradicionalmente como a grande responsável pela guerra entre o Brasil e o Paraguai, e como a maior beneficiada que barrou o aparecimento de uma concorrente comercial e lucrou com os juros dos empréstimos contraídos.

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